Cada Conferência MIIS (Mediação Intercultural e Intervenção Social), embora com um escopo sempre alargado, tem decorrido sob o signo de um tema aglutinador. Em 2024, aquando da sua 12ª Conferência, era praticamente impossível não promovermos um olhar sobre os 50 anos do 25 de abril, essa data límpida e luminosa, simultaneamente já longínqua e, no entanto, sempre tão presente.
O 25 de abril, é sabido, transformou-se num fenómeno multidimensional por onde é possível espraiar um caleidoscópio de olhares, ou seja, de perspetivas sempre renovadas. O 25 de abril, de algum modo, consistiu num golpe militar que, sendo objeto de uma imediata apropriação popular, deu origem a uma revolução. Esta, enquanto tal, incorpora traços típicos de qualquer fenómeno revolucionário, mas também traços singulares que a têm tornado num estudo de caso de contornos internacionais.
Se é verdade que, segundo especialistas de diversas ciências sociais, o período de forte mudança social pelo qual Portugal passa atualmente terá começado na década anterior (a de 1960), é também certo que o 25 de abril terá acelerado e alterado muitos dos processos já então em marcha e, eventualmente, induzido novos. Os seus efeitos fazem-se sentir aos mais variados níveis: social, cultural, económico, político, entre outros.
A 12ª Conferência MIIS pretende, assim, constituir-se num espaço de reflexão sobre alguns dos múltiplos efeitos que a revolução de abril terá inspirado, sabendo nós que Portugal vive, de acordo com muitos investigadores, o período de maior e mais rápida mudança de toda a sua longa história. Sendo cada um de nós testemunha e protagonista deste período, fica o desafio para pensarmos os “50 anos de 25 de abril: transições e transformações”, neste ciclo de conferências, iniciado a dia 19 de março de 2024, dia do pai e dia Internacional do serviço social, e com encerramento com a conferência de 5 e 6 de dezembro, com painéis e mesas redondas temáticas e comunicações livres que podem, desde já, submeter neste site.
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